terça-feira, 14 de abril de 2009

Minhas amigas do peito, da alma e do coração...



Pra vcs, minha amigas que eu amo MUITO.. - Dri e Tania - um texto do Artur da Távola, que simplesmente diz tudo!!!!

AFINIDADE
A afinidade não é o mais brilhante, mas o mais sutil,
delicado e penetrante dos sentimentos.
O mais independente.

Não importa o tempo, a ausência, os adiamentos,
as distâncias, as impossibilidades.
Quando há afinidade, qualquer reencontro retoma a relação,
o diálogo, a conversa, o afeto, no exato ponto em que foi interrompido.
Afinidade é não haver tempo mediando a vida.

É uma vitória do adivinhado sobre o real.
Do subjetivo sobre o objetivo.
Do permanente sobre o passageiro.
Do básico sobre o superficial.
Ter afinidade é muito raro.

Mas quando existe não precisa de códigos verbais para se manifestar.
Existia antes do conhecimento, irradia durante e permanece depois
que as pessoas deixaram de estar juntas.
O que você tem dificuldade de expressar a um não afim, sai simples
e claro diante de alguém com quem você tem afinidade.

Afinidade é ficar longe pensando parecido a respeito dos mesmos
fatos que impressionam, comovem ou mobilizam.
É ficar conversando sem trocar palavra.
É receber o que vem do outro com aceitação anterior ao entendimento.

Afinidade é sentir com.
Nem sentir contra, nem sentir para, nem sentir por, nem sentir pelo.
Quanta gente ama loucamente, mas sente contra o ser amado.
Quantos amam e sentem para o ser amado, não para eles próprios.

Sentir com é não ter necessidade de explicar o que está sentindo.
É olhar e perceber.
É mais calar do que falar.
Ou quando é falar, jamais explicar, apenas afirmar.

Afinidade é jamais sentir por.
Quem sente por, confunde afinidade com masoquismo.
Mas quem sente com, avalia sem se contaminar.
Compreende sem ocupar o lugar do outro.
Aceita para poder questionar.
Quem não tem afinidade, questiona por não aceitar.

Só entra em relação rica e saudável com o outro,
quem aceita para poder questionar.
Não sei se sou claro: quem aceita para poder questionar,
não nega ao outro a possibilidade de ser o que é, como é, da maneira que é.
E, aceitando-o, aí sim, pode questionar, até duramente, se for o caso.
Isso é afinidade.
Mas o habitual é vermos alguém questionar porque não aceita
o outro como ele é. Por isso, aliás, questiona.
Questionamento de afins, eis a (in)fluência.
Questionamento de não afins, eis a guerra.

A afinidade não precisa do amor. Pode existir com ou sem ele.
Independente dele. A quilômetros de distância.
Na maneira de falar, de escrever, de andar, de respirar.
Há afinidade por pessoas a quem apenas vemos passar,
por vizinhos com quem nunca falamos e de quem nada sabemos.
Há afinidade com pessoas de outros continentes a quem nunca vemos,
veremos ou falaremos.

Quem pode afirmar que, durante o sono, fluidos nossos não saem
para buscar sintomas com pessoas distantes,
com amigos a quem não vemos, com amores latentes,
com irmãos do não vivido?

A afinidade é singular, discreta e independente,
porque não precisa do tempo para existir.
Vinte anos sem ver aquela pessoa com quem se estabeleceu
o vínculo da afinidade!
No dia em que a vir de novo, você vai prosseguir a relação
exatamente do ponto em que parou.
Afinidade é a adivinhação de essências não conhecidas
nem pelas pessoas que as tem.

Por prescindir do tempo e ser a ele superior,
a afinidade vence a morte, porque cada um de nós traz afinidades
ancestrais com a experiência da espécie no inconsciente.
Ela se prolonga nas células dos que nascem de nós,
para encontrar sintonias futuras nas quais estaremos presentes.
Sensível é a afinidade.
É exigente, apenas de que as pessoas evoluam parecido.
Que a erosão, amadurecimento ou aperfeiçoamento sejam do mesmo grau,
porque o que define a afinidade é a sua existência também depois.

Aquele ou aquela de quem você foi tão amigo ou amado, e anos depois
encontra com saudade ou alegria, mas percebe que não vai conseguir
restituir o clima afetivo de antes,
é alguém com quem a afinidade foi temporária.
E afinidade real não é temporária. É supratemporal.
Nada mais doloroso que contemplar afinidade morta,
ou a ilusão de que as vivências daquela época eram afinidade.
A pessoa mudou, transformou-se por outros meios.
A vida passou por ela e fez tempestades, chuvas,
plantios de resultado diverso.

Afinidade é ter perdas semelhantes e iguais esperanças,
é conversar no silêncio, tanto das possibilidades exercidas,
quantos das impossibilidades vividas.

Afinidade é retomar a relação do ponto em que parou,
sem lamentar o tempo da separação.
Porque tempo e separação nunca existiram.
Foram apenas a oportunidade dada (tirada) pela vida,
para que a maturação comum pudesse se dar.
E para que cada pessoa pudesse e possa ser, cada vez mais,
a expressão do outro sob a forma ampliada e
refletida do eu individual aprimorado.

Sirvam nossas façanhas de modelo a toda a terra....



Semana passada a Caroline me disse:
- Mãe, vou acampar na páscoa lá fora com os meus amigos!!!
E eu, como ser urbana que sou disse: - Pra fora??? Como??? É longe??? Cuidado com as cobras, guria.. esta época tem muitas..
Mas não me dei conta do bueno que deve ser se largar a la fresca, no meio do mato, com uma fogueirinha, um violão, um monte de amigos e é claro ao amor da minha vida.
O Ricardo vive me dizendo que eu só gosto de tá fechada , com um PC no colo e que não sei aproveitar as coisas boas da vida.
Acho que ele tem razão. Ele é capaz de acordar as 5 da manhã só pra ver o sol nascendo na lagoa (que aliás é nossa vizinha) e depois pescar uns peixinhos.
Tô sentindo falta disso. De campo, de espaços abertos, de perder o olhar no verde do Pampa ou no azul da lagoa.
Quero perder um pouco da minha civilidade, quero viver mais perto da natureza, meio hippie, meio bandoleira.. meio - dada as devidas proporções, é claro - Anita Garibaldi. Falando nisso, tenho uma certa identificação com ela. Acho que ela é MARA!! largou tudo pra seguir o amor da sua vida, o único homem que ela realmente amou.. E por ele enfrentou guerras, privações, se imortalizou como uma guerreira numa sociedade essencialemnte machista. Foi atrás do seu sonho, sem ligar pra convenções, pra bandeiras e partidos.
Hoje chamei a Carol de Anita garibaldi. Ela riu: - Capaz, mãe!!!
Carol, te acho uma Anita Garibaldi. Linda, guerreira, contestadora, inteligente e perspicaz.
Que sirvam as nossas pequenas façanhas, minha filha, senão de modelo a toda terra, modelo pra que as nossas vidas se tornem um pouco melhor.

Voltaremos...

quinta-feira, 9 de abril de 2009

QUERO UM SONHO DE VALSA!!!!!!


Tá bem, não precisa ser Páscoa pra eu devorar um Sonho de Valsa, ou melhor, um monte deles!!! Ou uma caixa de "Especialidades Nestlé"... Como porque AMO chocolate. Não sou viciada não, mas gosto do cheiro.. Acho que o chocolate é um dos únicos alimentos que mexe completamente os 5 sentidos da gente. É uma coisa sensual sabe???
Fico ligadona quando como chocolate, meu cérebro funciona melhor, acho que é a desgarga de endorfina e serotonina.. enfim..
Mas minha intenção não era falar do chocolate e da minha eterna campanha: Denise Merece umn OVO SONHO DE VALSA, que eu já considero perdida...
Eu queria falar sobre o significado da Páscoa. Todo mundo sabe que eu odeio Natal e que passaria muito bem só com o Reveillon no final do ano, mas a Páscoa pra mim tem um grande sentido: É realmente a época de renascer, mas não um renascimento que dure uma semana. Isso não!! É a época de se renovar, por as barbinhas de molho e começar a repensar certas atitudes, de ver que manter aquela postura individualista e egoísta não tá com nada!!!! É a época de reviver, morrer pras coisas ruins, pra quem não te ama, pra quem não te respeita, e cultivar ainda mais aquilo e aqueles que tem um significado na tua vida!!
Feliz Páscoa, meu povo, e não esqueçam do meu OVO SONHO DE VALSA!!!!!