quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Dois pesos, duas medidas - By Matheus


Li este texto no blog do Matheus (meu sobrinho) e é claro me "apropriei".


- “O usuário não é criminoso.”
Esse é o pensamento da hipocrisia.
Para eles, o usuário é apenas um viciado. Que culpa ele tem de ser assim?
Paralelo a isso, condenam o usuário de crack que assaltam seus carros, roubam suas casas e furtam suas bolsas. E reclamam das crianças que pedem dinheiro na rua para financiar os vícios.
Agora eu pergunto: a cada cem viciados, quantos foram obrigados a começar a se drogar?
Então, uma voz ao fundo grita:
- Mas as pessoas sofrem influencias dos amigos, do meio em que vivem, isso é inevitável.
E eu digo: - Eu não sofri. Eu e mais muitos de meus amigos.
Até o dia em que usuários forem considerados vítimas e não culpados, a droga seguirá sendo um problema. Enquanto os pais passarem a imagem de que o viciado não é culpado aos filhos, mais filhos entrarão nas drogas, financiando seus próprios problemas e fazendo a felicidade dos traficantes.
Considerar o usuário inocente é tão coerente como considerar o matador de aluguel culpado, mas livrar a cara do mandante.
É uma questão econômica, se não tem procura, não tem oferta.
Ou estou errado?


Eu, agora:
Pois, é... fiquem pensando neste texto do Matheus.
Principalmente onde ele diz que as pessoas sofrem a influência dos amigos.
Então vamos ver:
Eu conheço um monte de gente que tinha tudo pra ser baita viciado em crack, cocaina, ecstasy, e tantas outras "coisinhas". Gente sem pai, sem mãe, sem grana, sem perspectiva, gente de pais separados, gente com deficiência.. Hiiiii!!! um monte de coisas.
Saca?? gente com TUDO pra cair no vício. Mas no entanto, esta gurizadinha simplesmente não aceitou sofrer influência de ninguém - porque eles já são cabecinha-feita - e são uma gurizadinha muito gente boa; a maioria tá na universidade, fazendo a sua vidinha, construindo a sua própria história sem ficar colocando a culpa da sua pura incapacidade no crack ou outra droga qualquer.
Em compensação, conheço outra gurizadinha que tinha tudo pra ser "feliz": Pais amorosos e presentes, casa, comida, roupa lavada, internet turbo de 50000 gigas, educação, acesso ao lazer, à saúde, férias em santa, etc.
Daí essa gurizadinha - totalmente sem atitude e MUITO maria-vai-com-as outras - se rebela!! Ah!! motim a bordo!!!! Mulheres e crianças primeiro!!
Como diz o meu pai: -" Se foi a gata com a cinta". E elas entram numas de droga, revolução em casa, etc..etc.. etc..
Sabeo que falta pra essa gente?? LIMITE!!!!!
Na minha infância _ que já faz tempo - eu tive tudo que uma criança podia querer. Meus pais ralavam o dia todo e de noite iam pra faculdade - os dois!!!- para meus irmãos e eu termos uma infância legal. A gente tinha um bom colégio, presentes no Natal, festinha de aniversário, chocolate na Páscoa (eu não, que era alérgica, podia comer bem pouquinho), férias no Cassino (põe no google earth, quem não conhece), manhãs de domingo na pracinha, cachorro, gato, Falcons & Susies, muito amor e uma coisa basiquinha: LIMITE!!
Mãe: "- Meia-noite em casa, guria!!" (e eu tinha quase 18 anos).
- "Arruma teu quarto, senão não tem saída pra ti" _ e eu arrumava (ou escondia a bagunça embaixo da cama"
- " Ah!! nota vermelha??? um mẽs de castigo, ou até melhorar esta nota." - e a gente ficava até mais de um mês, dependendo da matéria.
Pai: "- Não pega o carro guri, não precisa. Aqui tudo é pertinho"

Resumo, que já me esperam pra reunião: Somos todos pesssoas de bem, com nossas carreiras e nossas familias.

voltaremos...

Um comentário:

  1. Denise, que texto do teu sobrinho...

    Que graça, essa consciência, do certo e do errado...

    E mais ainda... que saudades desse tempo, onde voce fala do uq é limite!

    Palavra em desuso hoje...

    Beijos!

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